. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Between, my well! Plant's not dead.

domingo, outubro 20, 2002
Oiês!!
Pus um piercing no nariz... nada agressivo, apenas um brilhinho de strass. Temo ser discriminada por isso no meio careta de executivos em que trabalho, mas eu queria há tanto tempo e decidi fazer e falar foda-se pra quem não gostar (uau, que mocinha corajosa, heim? espero não me arrepender). Doeu muito mais do que o umbilical, tanto que gritei "aaaaaaaai, caralho!" na cara do homem que tava me furando, devo ter feito desistir metade da fila de gente que tava esperando sua vez de fazer...

Tô meio de saco cheio do meu trabalho. Mas tive uma vitória recente que me deixou radiante: aumentou o volume de trabalho, e a editora veio com uns papos de "vocês vão ter de se esforçar mais" pra cima de mim e da Juliana, a outra repórter. Eu falei "não sei como, acho que já estamos nos esforçando ao máximo"... e deixei bem claro que não faria hora extra de jeito nenhum, já que pretendia ter alguma vida além da editora, pra cuidar da minha saúde, da minha casa e ter um mínimo de lazer. No dia seguinte ela teve um ataque e disse que nós faríamos hora extra sim, que trabalharíamos 12 horas por dia se precisasse, porque jornalismo é assim mesmo, que todo mundo lá fazia e que nós faríamos também. Eu e a Juliana reafirmamos que não faríamos e pronto (graças a Deus a Jú pensa como eu), que se aumentou o trampo eles tinham de arrumar mais uma pessoa e não nos escravizar. E não é que uns quatro dias depois eles transferiram uma jornalista pra nos ajudar?? Milagre, nem tô acreditando, eles são tão miseráveis que eu realmente não pensava que isso ia acontecer. Estava me preparando pra ter de brigar e ir embora fugida todo dia. Me orgulhei de ter lutado pelos meus parcos direitos. Se tivéssemos aceitado a situação, estaria me matando agora e (mais) infeliz.
Isso me fez refletir... se mais pessoas se negassem a serem exploradas, não teríamos o sistema de trabalho sub-humano que temos hoje no jornalismo. Mas sei da situação terrível do País, e que fica difícil mesmo se negar a se submeter e correr o risco de perder o emprego. É que, no meu caso, ando mesmo de saco cheio, e decidi que preciso ter um tempo pra mim, muito mais do que um salário alto, senão serei totalmente infeliz. Então vou trabalhar no máximo 9 horas por dia e pronto. Se não der no jornalismo, largo tudo e volto a ser teacher, uma carreira bem mais light, que graças a Deus tenho a opção de seguir. Quanto a esse emprego, já decidi que vou ficar enquanto estiver sendo produtivo, enquanto estiver me trazendo crescimento e enquanto não estiver muito infeliz -- digo "muito" porque um pouco eu tô. Mas é uma fase importante pela qual tenho que passar. Beijos a todos e boa semana!



posted by Nancy Galvão 11:17
. . .



This page is powered by Blogger. Is yours?


. . .


PLANTA(S) ON-LINE


Entrar no Chat